30 dezembro, 2008



Por conseguinte, o artista do novo realismo é um misto de poeta e de ferro-velho: capaz de captar uma espécie de segunda vida, ou uma vida diferente, nas coisas usadas, está decidido a exibir a sua pobreza aparente, enriquecida, porém, pela espessura do tempo que essas coisas atravessaram. O seu teórico, Pierre Restany, representa um novo género de crítico, que irá impor-se na segunda metade do século xx, um crítico que já não é um juíz sentencioso que dita os seus veredictos, mas uma espécie de companheiro com quem se pode partilhar e discutir experiências artísticas e humanas.