16 dezembro, 2008

Portanto, por um lado temos Andy Warhol, que adora todas as imagens, tanto as que o rodeiam como as que ele próprio reflecte. Warhol é um artista mundano, que participa em festas sociais e organiza parties no interior da sua Factory, o atelier frequentado pelas personagens mais famosas de todos os domínios criativos, desde os escritores da beat generation, Kerouac e Ginsberg, até aos grupos musicais Rolling Stones e Velvet Underground, e aos amigos anónimos e ambíguos que participam nos seus filmes. Como qualquer outra actividade comercial, a arte é entendida como instrumento de produção e de lucro, e os tromentos intímos do artista são substitídos por considerações mais mercantis. Aliás Warhol, que afirmava que ser-se americano consistia mais em comprar do que em pensar, dedica uma série de obras ao dolar, pretendendo assim demonstrar até que ponto o dinheiro se tornou omnipresente.