30 dezembro, 2008



Por conseguinte, o artista do novo realismo é um misto de poeta e de ferro-velho: capaz de captar uma espécie de segunda vida, ou uma vida diferente, nas coisas usadas, está decidido a exibir a sua pobreza aparente, enriquecida, porém, pela espessura do tempo que essas coisas atravessaram. O seu teórico, Pierre Restany, representa um novo género de crítico, que irá impor-se na segunda metade do século xx, um crítico que já não é um juíz sentencioso que dita os seus veredictos, mas uma espécie de companheiro com quem se pode partilhar e discutir experiências artísticas e humanas.

22 dezembro, 2008

Por outro lado há os seguidores do novo realismo que se inspiram igualmente no mundo dos bens de consumo, e chegam mesmo a introduzi-los nas suas obras, convertidas em amostras de realidade, mas os objectos que escolhemnão são os que se encontram ordenadamente dispostos nas parteleiras dos supermercados, são os seus restos, depois de terem sido alterados pelo homem. Pondo de lado os pincéis e as telas, vasculham os sótãos , nos caixotes de lixo e nos cinzeiros repletos de pontas de cigarros, nos parques de sucata, nas proximidades das salas de cinema, onde podem descolar cartazes já rasgados por mãos humanas ou intempéries.


16 dezembro, 2008

Portanto, por um lado temos Andy Warhol, que adora todas as imagens, tanto as que o rodeiam como as que ele próprio reflecte. Warhol é um artista mundano, que participa em festas sociais e organiza parties no interior da sua Factory, o atelier frequentado pelas personagens mais famosas de todos os domínios criativos, desde os escritores da beat generation, Kerouac e Ginsberg, até aos grupos musicais Rolling Stones e Velvet Underground, e aos amigos anónimos e ambíguos que participam nos seus filmes. Como qualquer outra actividade comercial, a arte é entendida como instrumento de produção e de lucro, e os tromentos intímos do artista são substitídos por considerações mais mercantis. Aliás Warhol, que afirmava que ser-se americano consistia mais em comprar do que em pensar, dedica uma série de obras ao dolar, pretendendo assim demonstrar até que ponto o dinheiro se tornou omnipresente.

14 dezembro, 2008

Nos anos sessenta, começam a esboçar-se duas formas de analisar a sociedade ocidental contemporanea, caracterizada pela difusão dos bens de consumo mais variados e pela omnipresença da propaganda publicitária. Por um lado há o artista pop americano, simbolizado por Andy Warhol, perfeitamente integrado no meio que o rodeia, satisfeito, pelos menos aparentemente, com a suprefície resplandecente dos objectos que representam esse meio. Por outro lado, temos o partidário do novo realismo, mais ponderado, mais atraído pela outra face da sociedade de consumo, que não se interessa pelos objectos destinados a serem vendidos, mas pelos objectos de refugo, pelo lixo.

08 dezembro, 2008



É com o mesmo desencanto que warhol olha para um objecto ou para uma personagem famosa, "consumida" através da imprensa ou da televisão como um produto comestível. Um aspecto mais lúdico caracteriza as obras de Roy Lichenstien (1923-1997), que reproduz, ampliando-os, excertos de banda desenhada: os heróis e as heroínas, assim retirados do contexto original, surgem como figuras muito mais improváveis. Como improváveis acabam por ser os objectos supradimensionados de Claes Oldenburg: um interruptor construído em material mole, uma colher de pedreiro monumental , hamburguers, tortas e alimentos em matéria plástica e de cores berrantes.

02 dezembro, 2008


Assim, Andy Warhol (1928-1987) repete a imagem de um produto sempre presente na despensa de qualquer família americana média, a lata de sopa campbell, ou alinha caixas de detergente Brillo, como se estivessem na montra de uma loja, com um olhar aparentemente imóvel, ou seja sem revelar qualquer ironia, como faria, pelo contrário, Duchamp, mas reflectindo apenas os gostos e os hábitos alimentares predominantes na sociedade americana do seu tempo.
No início dos anos sessenta, o furor dos expressionistas abstractos, que dominara a cena do decénio anterior, extingue-se de repente. Em vez das grandes telas cobertas raivosamente de tinta, surgem imagens retiradas do mundo popular, desde a banda desenhada até aos géneros alimentícios vendidos nos supermercados. Passa-se, portanto, da exibição da complexa interioridade do artista para a reprodução do quotidiano óbvio, não reinterpretado, não filtrado, apenas confirmado na repetição mais ou menos fiel.

28 novembro, 2008


This meant that an object like Brillo Boxes was baptized as art if accepted by museum and gallery directors and purchased by art collectors. But Danto objected, the brillo boxes were not immediately accepted by artworld: the director of the National Gallery of Canada declared they were not art, siding the customs inspectors when a dispute arose about shipping them; hardly anyone bought them. Danto argued instead that the artworld provides a background theory that un artist invokes when exhibiting as art.


27 novembro, 2008

Danto wrote a much-discussed paper, the art world, about this puzzle. His essay, in turn, prompted philosopher George Dickie to formulate the institutional theory of art according to which art is ant artifact... which has had conferred upon it the status of candidate for appreciation by some person or persons acting on behalf of a certain social institution ( the art world) .

21 novembro, 2008

The Deutsche Kammerphilharmonie Bremen


Why was it a work of art when the objects which resemble it exactly, at least under perceptual criteria, are mere things, or, at best, mere artifacts? But even if artifacts, the parallels between them and what warhol made are exact. Plato could not discriminate between them as he could between pictures of beds and beds. In fact, the warhol boxes were pretty pices of carpentry.

18 novembro, 2008

His Last Supper series done in Italy(based on Leonardo's "real" one) was meant seriously by the artist who had remained a devout Christian.

Warhol helped spark the transition from macho New York Abstract Expressionism to playful gender-bending postmodernism. Warhol was already sucessful as a commercial artist when he exhibitedstacks of hand-stencilled plywood boxes at the Stabler gallery in NY in 1964. The boxes had a tremendous impact on philosopher Arthur Danto, who has repeatedly discussed them ( he even wrote a book titled Beyond the Brillo Box ). Warhol's Brillo Boxes looked just like one in a supermarket, and Danto found this puzzling:

14 novembro, 2008



Lest Warhol seem lightweight, we should recall his sobering disaster images: Civil Rights riots with attack dogs, the electric chair, and grisly auto accidents, all transformed ( like his Marilyn Monroes ) into brightly coloured silk-screened panels.

09 novembro, 2008



He brought attention to everyday visual products in the environment around us and claimed be wanted to paint like a machine. Phenomenally successful, he left an estate value at over $100 million.

08 novembro, 2008



Warhol emerged in the Pop Art movement of the 1960s, a movement tied into fashion, popular culture and politics.

Yet he said, " I think it would be terrific if everyone was alike", and coined the cynical slogan that " everyone has their fifteen minutes of fame".

Brillo Box and philosophical art

Andy Warhol, with his well-crafted image-the platinum hair, wispery voice, dark eyes-was expert at self promotion. Obsessed with celebrities, Warhol loved jet-setting and partying.

But Is It Art?


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